Sabemos que pragas urbanas nada mais são, do que espécies que se alastram com facilidade em ambientes habitados por humanos e que eventualmente prejudicam a nossa saúde e/ou nosso bem estar. Mas este conceito está longe de ser universal, pois existem espécies de animais que não tendem a infestar nosso lar, aparecendo sutilmente e mesmo assim podendo nos causar algum tipo de dano. Os percevejos são um daqueles exemplos que fogem da regra, por isso, veremos adiante, o que são, quais os principais tipos, seus atributos e o seu impactos para a nossa saúde.
Categorizados na classe dos insetos, os percevejos abrangem um leque gigante de espécies com anatomias e características diversas. Aqui serão mencionados os que pertencem à subordem dos heterópteros, já que são comumente encontrados aos arredores de espaços residenciais. Estes percevejos geralmente possuem um corpo comprido e achatado e podem ser facilmente confundidos com besouros, entretanto um traço que de longe os diferem, está relacionado ao aparelho bucal, que ao contrário dos besouros, não possuem mandíbulas e sim, uma espécie de canudo/sugador, pois se alimentam dos fluidos e do sangue das suas presas. Um outro ponto a ser colocado, é que, ao contrário dos besouros, os percevejos não passam pelo processo de metamorfose, isto é, não possuem estágio larval, sua ninhada eclodem dos ovos, possuindo uma estrutura anatomicamente parecida com a fase adulta.
Dentre as inúmeras espécies de percevejos que encontramos por aí, algumas delas são bastante conhecidas e fazem parte do nosso cotidiano. As mais populares são: o fede-fede ou maria-fedida, os percevejos-de-cama, o barbeiro e a barata d’água. Pasmem! Sim, a barata d’água na verdade não é uma barata e sim uma das maiores espécies dentre os percevejos. Mas você deve estar se perguntando, de que forma cada um destes nos afeta, certo? E é isso que vamos desvendar agora!
- Maria-fedida => mede em torno dos 15 milímetros e possui uma coloração que varia do verde claro ao verde escuro. Não picam a pele, somente excretam uma substância com cheiro desagradável, como tática de defesa, mas este mecanismo, normalmente não acarreta qualquer dano para nós humanos, exceto para pessoas alérgicas, que podem adquirir dermatite, rinite ou conjuntivite.
- Percevejo-de-cama => com a metade do tamanho de um fede-fede, chegando no máximo aos 7 milímetros, esta espécie minúscula e amarronzada pode habitar as camas, cadeiras, poltronas, sofás e até mesmo as suas cobertas. Se alimentam de sangue e além da coceira frequente, podem provocar alergias, feridas, erupções cutâneas, letargia e indisposição.
- Barbeiro => o mais temido da lista, mede entre 2,5 à 4 centímetros, sendo fácil de identificar pelo corpo delgado e as listras escuras nas extremidades laterais do seu corpo. Os barbeiros podem ser encontrados em casas que possuem madeiras e folhagens na sua composição. Se escondem em frestas, estando presentes em variados tipos de ambientes. É um inseto que pode transmitir uma doença parasitária conhecida como “doença de chagas”, que por sua vez, tende a causar: febre, mal estar, fastio e inchaços pelo corpo. Talvez a característica mais marcante da doença, é que ela também pode provocar o crescimento anormal do baço, do fígado e principalmente do coração, trazendo sérias complicações.
- Barata d’água => podem chegar facilmente aos 8 centímetros e irem até os 10 centímetros de tamanho. Com aparência meio extraterrestre, são visualmente bastante intimidadoras, mas se trata apenas da sua aparência. Apesar das patas dianteiras serem adaptadas para agarrar fortemente suas presas e possuírem uma picada bem dolorosa, não possuem toxina alguma e não oferecem riscos à nós humanos. Costumam aparecer em épocas distintas do ano e são animais aquáticos, com sua alimentação variando entre insetos à pequenos peixes e anfíbios.
Evitar certos tipos de pragas pode não ser uma tarefa fácil. A dedetização ainda é o meio mais eficaz para restringir a presença destes seres indesejados, porém, é importante ficar atento a alguns cuidados que podem te auxiliar na prevenção:
- colocar telas de proteção contra insetos;
- tampar falhas e frestas nas paredes;
- utilizar mosquiteiros;
- remover ervas daninhas do quintal;
- remover madeiras que se encontram em estado de desuso;
- aplicar repelentes caseiros à base de alho no tronco das árvores;
- lavar lençóis e roupas de cama com frequência;
- manter sofás, poltronas e cadeiras limpas.
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Nos encontramos na próxima matéria, até lá!