Besouros são animais pertencentes ao filo dos artrópodes, compondo a maior diversidade de espécies dentre todas as classes de insetos; com uma infinidade de gêneros e subgêneros espalhados pelo mundo. Não é para menos, pois são muito comuns e podem ser encontrados em quase todos os espaços, incluindo grandes cidades das regiões tropicais e subtropicais do nosso planeta.
Provavelmente você deve estar se perguntando porque eles aparecem dentro de casa e como podemos nos livrar deles, certo? Essas e outras perguntas relacionadas, assim como os efeitos da circulação de besouros serão respondidas mais adiante.
Antes de mais nada, é importante salientar que, apesar de aparecerem comumente em nosso lar, em termos de dedetização, os besouros normalmente não costumam ser um problema frequente, entretanto, a depender da sazonalidade e ambiente favorável para sua reprodução, podem virar verdadeiras pragas. Algumas espécies podem ser vistas em ambientes urbanos com mais frequência do que outras, por isso fizemos uma lista daquelas que provavelmente já cruzaram o seu caminho em algum momento:
- carocha
Abrindo a lista, temos a carocha ou chamada em algumas regiões, como besouro cascudo. Pertence aos Carabídeos, família da qual podemos encontrar o também o conhecido “besouro bombardeiro”, que por sua vez, habita áreas rurais mais específicas. As carochas se alimentam de larvas e potenciais pragas, por isso são consideradas benéficas, especialmente nos ambientes rurais. O problema ocorre quando sua reprodução gera uma superpopulação, tendo em vista que cada fêmea é responsável por colocar mais de 350 ovos durante a vida. Apesar de não ser tão comum, esse fenômeno também não é tão incomum e a possibilidade aumenta na época das chuvas, pois é o período com maior fonte de alimento disponível e as luzes das cidade acabam atraindo suas presas.
- gorgulho
Odiado por uns, temido por outros, os gorgulhos são figurinhas carimbadas nas despensas dos desprevenidos e desavisados. Da família dos Curculionídeos, acabam sendo um problema, por dois motivos: seu tamanho de 6 milímetros, que lhes garante serem quase imperceptíveis aos nossos olhos e o fato de se alimentarem de muitos dos grãos e leguminosas consumidos por nós no dia a dia. Ao eclodirem dos ovos postos no interior do próprio grão, as larvas acabam se alimentando deles, até completar todos os estágios da vida e estarem prontas para renovar o ciclo. Os gorgulhos acabam se alastrando rápido demais e podem ser verdadeiras pragas para plantações ou para estoques de comida dentro de casa, com cada fêmea pondo cerca de 300 ovos.
- joaninha
Joaninhas são umas fofas, não é mesmo? Mas o que poucos sabem, é que são predadoras vorazes! Mas calma, lá… isso é um bom sinal, já que a presença de joaninhas no seu jardim está diretamente relacionada com a saúde das suas plantas. Como um bom Coccinelídeo, sua dieta é em majoritariamente a base de pulgões e cochonilhas (insetos que se alimentam da seiva das plantas), contudo, algumas joaninhas podem consumir um cardápio contendo pólen, mel ou até mesmo fungos. Não são insetos que costumam se proliferar em grandes quantidades e dependendo do ambiente, são até difíceis de serem vistas com frequência.
- potó
Assim como as joaninhas, os potós não formam grandes populações, mas podem ser consideradas pragas, por serem comuns nas épocas mais quentes, especialmente em lugares áridos após o período das chuvas. As lâmpadas brancas também são responsáveis por atraírem uma quantidade maior destes insetos da família Staphylinidae, que medem somente entre 9 e 10 milímetros, mas podem causar um baita estrago. Potós liberam uma substância ácida que ao reagir com a nossa pele, provoca queimaduras de até 2º grau, normalmente vistas no pescoço ou na região próxima às juntas dos braços ou das pernas.
- vaga-lume
Um conjunto de insetos bioluminescentes que pertencem a três famílias distintas: Elateridae, Phengodidae e Lampyridae. São relativamente comuns ambientes urbanos, apesar de correrem risco de extinção, graças à poluição luminosa das cidades, que restringe a sua reprodução. Ao contrário dos potós, os vaga-lumes preferem ambientes menos áridos e mais úmidos e isso é perfeito para quem possui jardim em casa, pois podem ser ótimos aliados no controle de pequenos moluscos comedores de folhas. Mas isso só ocorre durante o seu estágio larval, já que a maioria das espécies de vaga-lumes adultos não se alimentam, assim como outros insetos, que vivem sua fase adulta com a finalidade única na reprodução.
Coletando e analisando essas informações de algumas das espécies mais comuns encontradas no nosso cotidiano, podemos observar a incidência tanto de efeitos positivos, quanto negativos, mas que geram impacto direto no nosso lar ou em nós mesmos. É importante dosar e saber quando se deve ou não ter a presença de besouros no seu lar, pois alguns deles podem auxiliar no bem estar do seu ambiente, controlando pragas e mantendo a prosperidade do seu jardim. Até mesmo carochas, quando controladas, podem levar harmonia.
A circulação de besouros, deve ser acompanhada com atenção, pois vimos que de modo geral, o controle da população é algo essencial para o equilíbrio do lar. Podemos evitar colônias desses insetos das seguintes formas:
- trocando luzes brancas por amarelas, especialmente na época das chuvas;
- mantendo a casa limpa, evitando o acúmulo de resíduos e matéria orgânica;
- colocando telas de proteção nas janelas e nas portas;
- limpando armários e despensas periodicamente;
- observando bem o interior das embalagens de grãos e leguminosas;
- deixando predadores naturais destes insetos, tais como sapos, calangos e lagartixas coexistirem.
No mais, se algo fugir do controle, como sempre recomendamos, o ideal é chamar o serviço especializado de dedetização, pois os profissionais saberão exatamente como agir.
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